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    O Dia em que os Médicos Descobriram a Importância de Lavar as Mãos

     

    Medicina Dos Horrores: A História De Joseph Lister, O Homem Que Revolucionou O Apavorante Mundo Das Cirurgias Do Século XIX 

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     Na década de 1840, Ignaz Semmelweis, um médico húngaro, chefiava a maternidade do hospital geral de Viena, na Áustria. Semmelweis estava intrigado com um fenômeno alarmante: as mulheres que davam à luz na ala A do hospital apresentavam uma taxa muito maior de infecções fatais do que aquelas atendidas na ala B. O que estava causando essa diferença?



    Ignaz Semmelweis

    Semmelweis notou que na ala A, os partos eram assistidos por médicos e estudantes de medicina que, frequentemente, vinham direto do necrotério, onde manipulavam cadáveres. Em contraste, na ala B, as pacientes eram atendidas por parteiras que não tinham contato com corpos mortos. Embora Semmelweis ainda não soubesse da existência dos micróbios, ele supôs que os médicos estavam de alguma forma transferindo "partículas cadavéricas" para as mulheres.

    Para testar sua teoria, Semmelweis ordenou que todos os funcionários começassem a lavar as mãos com uma solução de cal clorada antes de atenderem as pacientes. O resultado foi impressionante: as taxas de infecção e mortalidade na ala A diminuíram drasticamente. No entanto, a comunidade médica da época estava presa a paradigmas antigos e rejeitou suas descobertas. Ignaz foi demitido e passou o resto de sua vida lutando para que suas ideias fossem aceitas, publicando seus resultados em 1861, apenas para morrer quatro anos depois, ainda desacreditado por muitos.

    Foi apenas na segunda metade do século XIX que a teoria dos germes ganhou força, graças ao trabalho pioneiro de Louis Pasteur. Pasteur, um cientista francês, demonstrou que microrganismos invisíveis estavam por toda parte e eram responsáveis por doenças e pela deterioração dos alimentos. Ele desenvolveu o processo de pasteurização, que envolve aquecer líquidos para matar bactérias prejudiciais, aumentando a vida útil dos alimentos.

    A teoria dos germes inspirou muitos outros cientistas e médicos. Um deles foi Joseph Lister, um cirurgião britânico que dava aulas em Glasgow, na Escócia. Fascinado por microscópios, um interesse que herdou de seu pai, Lister observou que fraturas expostas, onde os ossos atravessavam a pele, tinham uma taxa de infecção muito maior do que fraturas fechadas. "A causa deve ser algo no ar", concluiu Lister.


    Joseph Lister

    Determinando encontrar uma maneira de prevenir essas infecções, Lister começou a experimentar com desinfetantes. Em 1865, ele aplicou uma solução diluída de fenol, um químico usado para tratar esgotos, em suas práticas cirúrgicas. Ele desinfetava mãos, instrumentos, feridas e curativos com esta solução, o que resultou em uma redução significativa das infecções pós-operatórias.

    A introdução do primeiro antisséptico por Lister transformou a prática cirúrgica. Ele estabeleceu protocolos rigorosos de higiene, desenvolveu sabonetes e sprays desinfetantes, e suas práticas começaram a ser adotadas mundialmente, marcando o início de uma era mais segura na medicina.

    A jornada desde a intuição inicial de Semmelweis até a aceitação global da teoria dos germes e a implementação de práticas antissépticas foi longa e árdua. No entanto, esses pioneiros da revolução sanitária salvaram incontáveis vidas, lançando as bases para os avanços médicos modernos. Hoje, lavar as mãos é uma prática padrão que previne inúmeras doenças, um legado direto das descobertas corajosas de Semmelweis e seus sucessores.

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